sábado, 19 de junho de 2010
Meu esposo
Tantas vezes a pergunta nasceu em nossos lábios...
E tantas outras agonizou nos braços do silêncio
Nunca a resposta teve forma, nem rosto, nem data marcada, nem destino…
Muitos anos passaram resumindo-se em eternas madrugadas.
E muitos amanheceres encontraram-nos abraçados ao mesmo fantasma.
Foram etapas de luz cinzenta. Uma tênue claridade, apenas...
Mas nenhum inverno, nenhuma obscuridade,
Nenhuma dor, nenhuma ferida,
lograram escravizar a tua esperança e a minha.
Quando?
Hoje. Para sempre... E desde há séculos
O nosso caminho está marcado,
Por mais que tenhamos caminhado
teus passos atrás dos meus
os meus atrás dos teus passos...
Esta espera que sobreviveu, buscando,
agora respira sem sobressaltos
Já não serão dois abraços vazios
Não crescerá a angustia nos lábios
Não morrerá a noite silente.
Sempre estarão os nossos corpos...
Também os nossos beijos.
E o murmúrio que é canto ao amar-mo-nos
Perguntaremos quando?
Pra que?
Já nos encontramos...
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