9.gif

Páginas

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

ROTINA...

ROTINA ABSURDA E OS PARAMÊTROS PSICOS!


Nos posts anteriores, foi dito que no mundo alcoólico existem vários especificações e modalidades de alcoólatras e para tanto é fácil imagina a rotina de um dependente que foi parar na sarjeta e vive jogado pelas ruas e praças de uma cidade, bem como prisioneiros em suas casas por vergonha da família que não permitem que eles saiam a rua. Prisioneiros eles já são de si próprio e do martírio que adquiriram para si. Antes eram cidadãos com os mesmos direitos e deveres que qualquer um. Trabalhadores, estudantes, pais de famílias ocupando espaço digno na sociedade. Eram relativamente felizes entre os seus e tinham uma vida normal e aos se alvitrarem pela bebida hoje vivem marginalizados pela sociedade que o incentivou com mídias consumistas fantasiosas, e pela própria família que não lhe entende e o despreza, pois já não suportam a sua presença e já gastaram todos os meios disponíveis para recupera-lo. Ou morrem junto com ele ou se afastam para respirarem um pouco. É o abandono completo e ele finalmente chega ao fundo do poço. Já não há mais escapatória. É anestesiar-se compulsoriamente para esquecer que existe, que ainda vive e que não conhecem o amor de perto. Vivem alienados, negligenciando a vida, propositadamente evitando pensar e analisar a própria situação, pois se vêem distanciados demais da possibilidade de retornar ao mundo da sobriedade. O caminho que se faz é lento, longo e para retornar sobre as próprias passadas é difícil e quase impossível. Se observarmos a vida que levam de constrangimentos e de miséria afastados da convivência dos familiares mesmo que se abrigue no mesmo teto, não é nada alegre, saudável, seguro, equilibrado.  

Jamais! São desgostos diários e quem consegue viver sob a pressão dos desgostos e da insegurança? Tensão e ansiedade vão se infiltrando na família, atingindo a cada um conforme a sua sensibilidade e fragilidade. Somente o dependente parece alheio a tudo o que se passa pois, como o dissemos o senso critico já se perdeu faz tempo. Para ele – o bebedor- há prazer absoluto em cada gole, isso o deixa valente, desinibido, poderoso, audaz, alegre, despreocupado.
Se em algum momento reconhecendo extremamente doente e convicto – pelo menos é o que demonstra – de que quer ficar curado grita por socorro com o resto de forças que lhe resta, inicia a via cruzis deste pobre miserável que só agora percebe a extensão de seu problema. Agitam-se os ânimos, alegrias são infiltradas nos corações e começa a peregrinação em clinicas, hospitais, psicólogos e tudo que possa deixá-lo sóbrio, porém... não faltam os companheiros que não querem perde-lo e que logo começam a induzi-lo a retornar ao meio deles, garantindo amarras cada dia mais fortes e o enroscando, com a ajuda dos amigos, nas teias entorpecentes aprisionando-o outra vez.
“ Uma estratégia de guerra para derrotar o inimigo é fechar-lhe o cerco, não deixar saídas. É assim que o dependente alcoólico se vê: cercado pela esmagadora necessidade de beber, cercado de oportunidades para o ato, cercado pela falta de convicção de que o álcool é seu grande inimigo, cercado de propagandas a aguçar-lhe o desejo que já não pequeno, cercado de tradições sociais que nada de mal vêem no consumo de bebidas e a franqueia por toda a parte, cercado de ignorância a respeito do alcoolismo, cercado de fraqueza para segurar a compulsão alcoólica, cercado por um certo resultado favorável que a bebida lhe oferece, já que lhe acalma o corpo dependente.” Elizabeth B de Carvalho.

Não há escapatória! Render-se é o lema!
Esse é o mundo familiar de competência a todos os que possuem um ente alcoólatra. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário